O que é morrer?
Para mim, é sentir que vou partir sem um porquê! Sem um quando! Sem um como!
É sentir um piano que me toca aos ouvidos e me aponta que está a chegar o fim da partitura!
É aquele sentir desesperado ao pensar que não volto a ver nem "aquela" nem"aquele" dos quais não importa o nome!
Ao pensar nela, nunca levara em conta que poderia ter de sair do meu ermo toscano, de abandonar a terra e o trabalho das "oliveiras"!
A vida sem a morte, talvez não possa ser narrada, ou pelo menos mais que narrada, ser vivida.
Aprender a morrer, a separar-se é um trabalho que cada um de nós tem de fazer por si, todos os dias.
Ao som da água que levemente se derrama sobre a terra, recordo uma frase, De Freud a Deus, "se a morte não existisse tinha de ser inventada" (...)
Penso, na verdade, que o segredo é viver em plenitude sem permanecer demasiado agarrado à vida.
Mas só quando a morte entra no nosso sangue é que a reconhecemos!
Antes pensava que sabia que iria morrer mas não teria que me preocupar com isso, eis que agora sei que "nunca morrerei" e, de entre tudo o que me rodeia, tenho que fundamentalmente preocupar-me com tal facto.
Se sentes a morte a aproximar-te (...) agarra-te á vida!
Nunca duvides que quanto mais fracos somos, mais pessoas fracas encontramos!
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