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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Culpa, Culpabilidade e angústia!

Por norma e com muita frequência o conceito «culpabilidade» aparece na literatura unida ao conceito de «culpa», e por vezes ambas são usadas indistintamente como sinónimos. Em outras situações, com intenção de uma maior precisão, aparecem diferenciados e inclusivamente contrapostos. De facto, é um resultado menos equivoco utilizar o termo «culpa» para assinalar exclusivamente os aspectos objectivos da responsabilidade de uma acção ou omissão frente a uma norma legal, um principio moral ou um costume social, e utilizar o conceito «culpabilidade» para expressar a vivência que a culpa provoca na pessoa.
Ora, a culpa faz referência a uma realidade objectiva, seja judicial, moral ou social, enquanto a culpabilidade tem um carácter eminentemente subjectivo. Mas a relação entre culpabilidade não é uma relação automática entre ambas. A culpabilidade nem sempre é de acordo, por excesso ou defeito, com a culpa objectiva. É frequente que determinadas ocasiões ou omissões se vivam com indiferença apesar da culpa objectiva que entranham, e que outros factos sejam vivenciados com uma excessiva culpabilidade.
Muitas vezes a culpabilidade provoca sentimentos de angústia. Mas deve ter-se em conta que a angústia se distingue do medo na ausência de um objecto consciente que a cause. Esta é a principal característica. O sujeito vivencia um mal-estar interno ameaçante, que impede o exercício gozoso da sua existência, mas não é capaz de reconhecer a causa desse mal-estar. A psicanálise propõe que a angústia, como todo o fenómeno psicológico, tem uma causa real, porque se funde, neste caso, no seu inconsciente.
Assim, a angústia tem uma origem inconsciente, que a faz irracional para o mesmo que a sofre, daí que não exista possibilidade de uma resposta adequada, enquanto a causa permanecer no reino do inconsciente. Para a psicanálise o único caminho de solução é a análise do inconsciente com o fim de reconhecer a causa da angústia e poder assim encontrar um remédio.
 Da mesma forma analisava Freud, que aquando da análise dos seus pacientes estes revelavam, segundo ele, sentimentos de culpabilidade inconscientes, que se fundavam e tinham as suas raízes em experiências infantis.

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