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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Religião no seio Familiar


A influência da família
Numa conferência entre mais 800 estudantes da Austrália, fez-se esta pergunta: Quais são as três pessoas que exerceram maior influencia nas tuas convicções religiosas? As respostas foram 1_pais, 2_amigos, 3_colaboradores da Igreja, 4_professores e 5_familiares (tirando os pais).
A maior parte dos estudantes consideram que foram o pai ou a mãe as pessoas que mais contribuíram nas suas convicções religiosas. Embora admitissem também outras influências, davam-lhe, de forma geral, pouca eficácia. Enganam-se? Dificilmente. A ideia de que são os pais os que exercem mais influencia, está confirmada por investigações[1].
 O abandono das práticas e das atitudes religiosas da família de origem é mais frequente e mais fácil entre os jovens da sociedade industrial ocidental, na qual a religião é um assunto privado e não existe um controlo social – como por exemplo, nas repúblicas islâmicas. É muito mais raro e mais difícil que se tornem religiosas as pessoas que não receberam formação religiosa no lar paternal. São mudanças raras, mas excepcionais.
A influência dos pais na religiosidade dos seus filhos é de uma natureza peculiar: o grande número dos que mais tarde não assumem a fé da sua família originária indica que a sua evolução religiosa se produz num clima de liberdade. E ainda que os pais exerçam uma influência singular, não é a única que recebem os filhos. A sua singularidade reside em redobrar a posição paterna: podem na sua qualidade de primeiros educadores – e logo através da socialização primária – fundamentar ou deturpar a ascensão a uma vida religiosa ou até eclesial. E podem apoiar ou debilitar as influências dos educadores secundários extra-familiares – isto é, os indivíduos da socialização secundária.


[1] Quando a fé e as práticas religiosas tem uma alta conotação na casa paterna, os filhos continuem ainda mais fiéis a esta postura, mas quando os pais as estimam pouco, aumenta a probabilidade de que os filhos as abandonem.  

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