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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Num velho jardim

Eis que passeava serenamente entre os verdes do jardim de Sernalheira, quando reparei num velho sentado num calvo banco.
Aproximei-me, pois assim era o percurso que seguia e oiça uma voz que me diz: "As pessoas quando chegam à velhice são como um copo, só servem para nos servimos deles".
Senti uma solidão que saia daquele peito e aproximei-me para ver seu rosto gasto pela vida.
Com um olhar entristecido, olhava o horizonte, como quem tenta encontrar algo nunca visto; com a sua velha capa, já de todo rota, ali permaneceu como um errante que caminha pelo desconhecido. Nas mãos tinha uma pedra perfeita: redonda como uma bola de ping-pog.

Mantivemo-nos naquele silencio de morte uns 20 minutos, que mais pareceram horas.
Depois com uma voz muita sentida fala palavras para o alto que depressa desaparecem no ar, apenas entendi uma frase, "estou gasto de tanto bater".......... e pedindo licença, levantou-se e caminhou por entre árvores caídas, folhas amontoadas e dispersas, umas já coladas no chão outras voando como sonhos levantados pelo vento. Desapareceu.
Hoje sei o que ele queria dizer, tal como as pedras que roçam umas nas outras até ficarem perfeitamente redondas, assim também as pessoas se desgastam de ter que levar com tantas outras.

A solidão não é uma caminho para a vida toda, mas a vida deve ter momentos de solidão!

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